=Conversas de Bar=

Assuntos despolarizados, desconexos, filosofias sem muito fundamento (ou com fundamentos, caso você tenha noção do que diz), minhas crônicas, crônicas de outros, poemas meus e de outros, desabafos, sugestões, crítícas, histórias de trem, do trólebus, do dia-a-dia ou puramente conversa de bar... Puxe uma cadeira e aprochegue-se!

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Marionete

" Eu sinto medo de ti
Medo das barreiras que me impões, sem palavras
e que meu coração interpreta angustiado
nas entrelinhas do que não dizes.

Eu sinto medo de ti
tua doçura é névoa tênue e traiçoeira
a esconder muralha férrea, com a qual me choco
tantas vezes, entre perplexa e aparvalhada.

Eu sinto medo de ti
porque és todo razão, autocontrole e frieza
Jamais te soltas e te desmanchas em paixão
e às vzes és de uma dureza à prova de qualquer compaixão.

Eu sinto medo de ti
porque és capaz de desnudar-se de todas as camadas,
deixando-me quase em carne viva,
enquanto não perdes sequer um apelo,
a pele ou o vício de lobo predador, velho de guerra,
conhecedor da minha e da alma de tantas mulheres

Eu sinto medo de ti
porque sonegas os "backs"de todos os meus "feeds",
e negas respostas às perguntas cruciais
Me tens nas mãos feito marionete,
me confundes e me desmontas sem nenhuma culpa,
como se minhas dores fossem banais...

Eu sinto medo do amor que me despertas, tão grande e visceral.
Sinto medo da amplidão de todas as minhas expectativas.
Sinto medo da mágoa, que intensa, caminha paralela ao meu amor;
Dos extremos, da luz e da escuridão, do céu e inferno,
dos tantos alto e baixos que permeiam cada capítulo e cada cena do nosso roteiro. (...)"