=Conversas de Bar=

Assuntos despolarizados, desconexos, filosofias sem muito fundamento (ou com fundamentos, caso você tenha noção do que diz), minhas crônicas, crônicas de outros, poemas meus e de outros, desabafos, sugestões, crítícas, histórias de trem, do trólebus, do dia-a-dia ou puramente conversa de bar... Puxe uma cadeira e aprochegue-se!

quarta-feira, abril 25, 2007

Poema da Mulher

Que mulher nunca teve
um sutiã meio furado,
um primo meio tarado
ou um amigo meio viado?

Que mulher nunca tomou
um fora de querer sumir,
um porre de cair
ou um Lexotan pra dormir?

Que mulher nunca sonhou
com a sogra morta, estendida,
em ser muito feliz na vida
ou com uma lipo na barriga?

Que mulher nunca pensou
em dar fum numa panela,
jogar os filhos pela janela
ou que a culpa era toda dela?

Que mulher nunca penou
para ter a perna depilada,
para aturar uma empregada
ou para trabalhar menstruada?

Que mulher nunca comeu
uma vaixa de Bis, por ansiedade,
um alface, no almoço, por vaidade
ou um canalha, por saudade?

Que mulher nunca apertou
o pé no sapato pra caber,
a barriga para emagrecer
ou um ursinho pra não enlouquecer?

Que mulher nunca jurou
que não estava ao telefone,
que não pensa em silicone
ou que "dele" não lembra nem o nome?!


Só mesmo as mulheres para entenderem o significado desse poema...!

Afinal, vivemos numa época em que homem bom dando sopa é apenas um cara distribuindo alimento aos pobres!

Horário "oficial"de Brasília

"Para a grande maioria dos brasileiros a semana inclui uma jornada de pelo menos cinco dias de trabalho, dos quais a segunda-feira é um dos mais renegados a ponto de ter-se tornado famoso como o Dia Mundial da Preguiça. É assim para a ghrande maioria dos mortais que têm que pegar no pesado para defender seus empregos, garantir o bom andamento do negócio próprio ou, ainda, no caso dos estudantes, enfrentar mais um dia letivo, após o final de semana em que puderam aliviar sua rotina de livros e cadernos. Mas as "ogrurar"do primeira dia da jornada semanal de trabalho não ser abatem igualmente sobre todos os brasileiros, pois alguns podem se dar ao luxo de no primeiro dia "útil"da semana não ter nenhum compromisso com o batente.
Pois em Brasília, ou pelo menos na pequena Ilha da Fantasia povoada por parlamentares, segunda-feira está longe de ser um dia branco (ou um dia preto, protestarão os afro-descendentes). Foi o que decidiu na Câmara Federal, sob a alegação de que as segundas-feiras, incluídas no roteiro semanal de discussões pelo presidente Arlindo Chinaglia (que instituiu a "extenuante" jornada de quatro dias de sessões deliberativas), têm se mostrado improdutivas uma vez que os deputados haviam "perdido" um dia que tinham para ficar com suas bases políticas nos Estados.
Trabalhar de segunda a quinta-feira é um sonho de consumo de muita gente ainda mais quando se trata de um "emprego" muito remunerado e sobre o qual o "funcionário" não tem que apresentar rendimentos, nem é cobrado se o compromisso com o "patrão" (digo, eleitor-contribuinte). Não bastasse tudo isso, os tais "funcionários" ainda têm o poder de aumentar seu próprio salário, a seu bel prazer, como está sendo anunciado pelo acordo entre os líderes partidários ara elevar os vencimentos dos deputados de R$ 12.847 para R$ 16.250! E ainda se lamentam de não ser os mais de 90% qie ensaiaram ano passado...!
E o mais curioso e vantajoso para esses funcionários é que, ao invés de enfrentarem a justa f'úria do patrão, no máximo o vêem manifestar a indignação resignada e silenciosa de quem julga não poder fazer nada. E mesmo quando o dito cujo (funcionário) por um acaso não se preocupa em disfarçar alguma mazela maior (do tipo mensalão ou coisa que valha), ainda corre o risco de ser premiado com mais quatro anos de estabilidade no "emprego".
Assim, aos "patrões": entre os sentimentos de vergonha e importência (em ambos os casos também alienados e sem auto-estima) só resta o compromisso, disfarçado de bom humor e fazer piada sobre sua própria resignação: "Se o horário oficial é o de Brasília, porque temos que trabalhar às segundas e sextas?"

(...)